Principais erros em autos de infração e como se defender
Blog
Quais são os principais erros cometidos pelas autoridades fiscais em autos de infração?

Quais são os principais erros cometidos pelas autoridades fiscais em autos de infração?

05 de Fevereiro de 2025
Dra. Natalia Capucho | Especialista em Direito Tributário e Consultora Jurídica

As autuações fiscais são ferramentas utilizadas pelo Fisco para cobrar tributos que supostamente não foram pagos corretamente. No entanto, diversos erros são cometidos pelas autoridades fiscais na lavratura de autos de infração, o que pode resultar na nulidade da cobrança ou na necessidade de uma revisão do caso. Identificar esses erros é essencial para uma defesa administrativa fiscal eficiente e para garantir a segurança jurídica dos contribuintes.


Falta de fundamentação legal

Um dos erros mais comuns nos autos de infração é a ausência de fundamentação legal adequada. O auto de infração deve especificar claramente as normas tributárias que estão sendo aplicadas, bem como a motivação da autuação. Quando essa fundamentação é vaga ou inexistente, o contribuinte tem base para contestar a cobrança judicialmente ou administrativamente.


Erros no enquadramento da infração

Outro problema frequente é o enquadramento incorreto da suposta infração tributária. Muitas vezes, a autoridade fiscal aplica um dispositivo legal inadequado ao caso concreto, o que pode resultar em penalidades indevidas. A revisão da base legal do auto de infração é fundamental para identificar esse tipo de erro.


Falhas na descrição dos fatos

O auto de infração deve conter uma descrição detalhada e precisa dos fatos que motivaram a autuação. Inconsistências, falta de clareza ou omissões podem comprometer a validade do documento. O contribuinte tem direito à ampla defesa e ao contraditório, e um auto de infração mal elaborado pode ser questionado por meio de um recurso administrativo tributário.


Erro na quantificação do tributo devido

Muitas autuações fiscais contêm erros na quantificação do tributo devido, como cálculos incorretos de juros, multas ou base de cálculo equivocada. Esses equívocos podem ser identificados por meio de uma análise detalhada do auto de infração e, se comprovados, podem levar à redução ou cancelamento da dívida tributária.


Vício formal na constituição do crédito tributário

Os atos administrativos, incluindo os autos de infração, devem obedecer aos princípios da legalidade, transparência e publicidade. Qualquer erro na notificação, na identificação do contribuinte ou na emissão dos documentos fiscais pode levar à nulidade do auto de infração.


Ausência de provas e presunção de culpa

A presunção de culpa do contribuinte, sem a devida comprovação, é um erro grave cometido pelo Fisco. O ônus da prova cabe à administração pública, que deve apresentar evidências concretas da suposta irregularidade. Quando a autuação é baseada apenas em presunções, há fundamentos para contestá-la.


Erros na aplicação de multas e penalidades

As multas tributárias devem ser aplicadas de acordo com a legislação vigente e respeitando os princípios da proporcionalidade e razoabilidade. Em muitos casos, o Fisco impõe penalidades desproporcionais, o que pode ser questionado judicialmente.


Conclusão

Os erros cometidos pelas autoridades fiscais em autos de infração são frequentes e podem gerar cobranças indevidas para os contribuintes. Para se proteger dessas irregularidades, contar com um advogado tributarista é essencial. O Mantoan Advocacia Tributária possui experiência em defesa administrativa fiscal, contestção de auto de infração e nulidade de auto de infração, garantindo um acompanhamento especializado para empresas e pessoas físicas.

Comente essa publicação